Com uma série de reuniões marcadas para o início da semana, o deputado federal Romero Rodrigues vai dialogar com emissários tanto do governador João Azevedo, quanto do grupo de Bruno Cunha Lima. De posse de números recentes de pesquisas internas, o ex-prefeito de Campina Grande já tomou sua decisão, o resto é jogo de cena
A tão propalada indecisão de Romero Rodrigues na verdade é apenas estratégia. O seu silêncio simplesmente paralisou as decisões sobre às eleições em Campina Grande, prejuízo para oposição e muito mais para o prefeito Bruno Cunha Lima que ficaram refém da condução do processo eleitoral na Rainha da Borborema.
Na manhã deste sábado, 20, Romero Rodrigues recebeu um caminhão de lideranças para uma reunião, segundo ele “surpresa”, mas promovida para além de tentarem ‘convencer’ a sua candidatura, mostrar a todos que a decisão do mago será para atender o clamor popular e dos aliados.
Ainda neste domingo, Romero Rodrigues deverá ouvir mais pedidos para ser candidato e também para não ser, mas a quem interessa ele já ouviu e já decidiu.
Mas a indecisão do deputado federal agora é a forma como será candidato, com o apoio da oposição, ou de parte dela. Uma coisa é certa saindo candidato terá o apoio do Republicanos e a possibilidade real de um vice da legenda. A expectativa agora é se outros partidos irão já no primeiro turno para o apoio a candidatura de Romero Rodrigues.
O PSDB é uma incógnita, antes totalmente leal ao nome de Bruno, agora já se especula da possibilidade de indicar o vice de Romero, no caso seria o nome do deputado estadual Tovar Correia Lima e a facada nas costas de Bruno viria a partir de Brasília, e o comunicado seria de cima para baixo.
Se sair com o apoio da oposição toda, já está descartada a indicação do médico Jhonny Bezerra como vice, este voltaria para a secretaria de Saúde e aguardaria para 2026 a participação do pleito.
O PSD que está rachado com a briga entre os grupos da senadora Daniela Ribeiro e da vereadora Eva Gouveia, tenta participar da chapa de Romero Rodrigues com o convencimento vindo da Nacional, articulado através do secretário João Paulo Freire. Aliás a briga no PSD não é mais segredo, a queda de braço pode inclusive retirar o comando da legenda das mãos da senadora Daniela Ribeiro que não teve capacidade de preparar o partido para concorrer às eleições, preocupando Gilberto Kassab que tomou o PSD de Bruno Cunha Lima, prefeito eleito pela legenda e que agora perdeu seis dos sete vereadores eleitos em 2020, e corre o risco de não ter nenhum vereador eleito este ano.
O silêncio de Romero mostrou que Campina Grande ficou refém da falta de barulho ao mesmo tempo que as especulações ficam a cargo dos “gênios” dos palpites.