“Na política até boi voa”, esse adágio popular nunca esteve tanto em evidência como agora no momento político de Campina Grande. Por isso não será estranho que a bancada do prefeito Bruno Cunha Lima aumente de forma significativa no próximo ano. São inúmeras as reclamações dos vereadores eleitos pela oposição, que se sentem escanteados pela gestão do governador João Azevedo.
Um caso emblemático é o do atual presidente da Câmara de Vereadores, Marinaldo Cardoso (Republicanos) que praticamente foi forçado a abrir mão de sua reeleição para formar chapa com Jhonny Bezerra, como seu vice. Marinaldo teve que correr contra o tempo para eleger sua esposa (Aninha Cardoso), enquanto levava fôlego a majoritária oposicionista.
Todas as rodas políticas de Campina Grande ouviam que em caso de derrota , estava garantida a Marinaldo uma Secretaria no Estado, nem que fosse uma executiva, visto que figuras menos influentes de Campina ocupam espaços vultuosos na gestão estadual.
O presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, parece que na sua simplicidade, engoliu esse canto da sereia e deixou em entrevistas a impressão de sua aceitação ao provável convite a uma vaga em seu secretariado, a partir de janeiro de 2025.
Acontece, que alheio ao que foi articulado em Campina Grande e desconhecendo a força de seus “aliados”, João Azevedo que conhece Campina Grande apenas pela boca de seus puxadores de saco na Rainha da Borborema, que brigam por espaços que diminuem a cada dia, não sabe reconhecer quem realmente foi forte em 2024 do seu lado. João Azevedo desmentiu que tenha tratado de cargos com Marinaldo Cardoso, e realmente não deve ter tratado, já que deixou para seus coordenadores, nos hotéis de Campina Grande a missão de venderem a alma para ganharem a prefeitura de Campina.
“Não tratei, de minha parte, absolutamente nada com relação a isso. Não houve nenhum convite de minha parte”, afirmou de forma enfática João Azevedo (PSB).
Com essas palavras, Marinaldo que tem participação efetiva na política campinense, pode repensar sua trajetória para as próximas eleições e fazer o caminho de volta para casa, que segundo algumas lideranças ele não deveria ter deixado. Esperar para ver…
