A vice-presidente da Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), vereadora Fabiana Gomes, reafirmou sua candidatura à presidência do legislativo, destacando que considera sua eleição uma questão de justiça. Durante entrevista, Fabiana relembrou o acordo firmado em 2020, que teria previsto um rodízio na presidência da Casa. Segundo ela, esse arranjo foi desfeito já no primeiro ano de gestão.
“Em 2020, a composição da mesa diretora foi desenhada assim: o primeiro ano seria de Marinaldo Cardoso; o segundo, da vereadora Eva Gouveia; o terceiro, do deputado estadual Sargento Neto; e o quarto, meu. Hoje, sou vice-presidente, mas, pelo acordo, eu já deveria estar presidindo a Câmara”, explicou a parlamentar.
Fabiana ressaltou que sua ascensão à presidência era esperada por muitos, especialmente após a eleição de Sargento Neto para a Assembleia Legislativa, mas lembrou que o funcionamento interno da mesa diretora é distinto. “Embora as pessoas pensassem que eu assumiria automaticamente, a mesa precisa passar por uma votação. O mandato de presidente não é como o de um vice-prefeito, que assume em caso de vacância. Há todo um processo”, esclareceu.
A vereadora destacou também a complexidade das negociações e articulações que envolvem a eleição interna na Câmara. Segundo ela, o número de pré-candidatos entre os 23 parlamentares torna a disputa dinâmica e imprevisível, com decisões que podem ser tomadas até o último momento. Ainda assim, Fabiana acredita que sua proximidade com a gestão municipal e a força de seu partido, o União Brasil, que possui a maior bancada na Casa, dão vantagem à sua candidatura.
“Acredito que o próximo presidente será da base do prefeito. E, se formos considerar o tamanho das bancadas, essa presidência deve ser do União Brasil, que tem cinco cadeiras. É o maior partido representado na Câmara”, afirmou, ressaltando que sua candidatura está sendo construída por meio de diálogo e articulação.
Quanto às suas propostas, Fabiana destacou o desejo de aproximar o legislativo da população. “O que mais me incomodou durante a campanha foi a distância entre a Câmara e o povo. Quero trazer a Câmara para mais perto das pessoas. Se o povo não vem até a Câmara, nós iremos até eles”, concluiu.
Simone Duarte