O Grande Prêmio de São Paulo manteve a tônica da classificação: chuva, caos desde antes do início, emoção e muitos incidentes na pista. Mas a vitória ficou com quem teve competência e sorte: Max Verstappen. O holandês da RBR saiu da 17ª colocação, escalou o pelotão e ultrapassou Esteban Ocon após safety car para tomar a liderança e se aproximar ainda mais do tetracampeonato mundial. Ocon e Gasly fecharam o pódio e obtiveram um resultado muito celebrado pela Alpine. Vice-líder da Fórmula 1, Norris acabou na sexta colocação.
A F1 retorna na madrugada do dia 24 de novembro com o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos. A prova será a 22ª da temporada, e o ge segue tudo em tempo real. Veja o calendário de 2024!
Lando Norris largou na pole position, mas perdeu a ponta para George Russell logo na primeira curva. Enquanto isso, Verstappen saltou da 17ª para a sexta posição em poucas voltas. A briga entre os dois britânicos pela pole seguiu durante a primeira metade da corrida, mas um safety car virtual causado por Nico Hulkenberg fez com que a maioria dos pilotos fosse para os boxes. Ocon, Verstappen e Gasly ficaram na pista e assumiram as três primeiras colocações.
A chuva apertou muito em Interlagos na metade da prova, e Norris ultrapassou Russell para se tornar o 4º colocado – o melhor entre aqueles que não tinham parado. Segundos após a manobra, no entanto, o safety car foi acionado por causa das condições da pista. Com o carro de segurança na pista, o trio da frente deu sorte: Franco Colapinto bateu no muro ainda assim e causou bandeira vermelha.
Na relargada, Esteban Ocon manteve a ponta e vinha conseguindo abrir vantagem sobre Verstappen. Porém, Carlos Sainz abandonou a prova e causou um novo safety car. Na volta 43, o holandês agarrou a oportunidade, ultrapassou o francês da Alpine e abriu vantagem para conquistar a vitória. Norris, que seguia brigando com Russell pelo quarto lugar, escapou da pista e teve que se contentar com a sexta colocação.
Caos antes do início
Antes da corrida começar, um incidente curioso chamou atenção: Lance Stroll, da Aston Martin, saiu da pista na volta de aquecimento e abandonou a prova. O canadense triscou a asa no muro e tentou voltar, mas parou na brita logo na sequência. Com isso, foi obrigado a se retirar.
Em nova tentativa de volta de apresentação, mais uma confusão: alguns pilotos saíram e outros ficaram no grid. Lando Norris, George Russell, Yuki Tsunoda e Liam Lawson serão investigados após a prova. A corrida passou a ter duas voltas a menos por conta dos incidentes.
A largada
George Russell largou bem, foi para cima e tomou a ponta de Lando Norris logo na primeira curva. Um pouco mais atrás, Esteban Ocon atacou Yuki Tsunoda na briga pela terceira posição, mas o japonês se segurou bem.
Max Verstappen, que largou em 17º, escalou o pelotão no início e subiu para a 10ª colocação, com direito a ultrapassagem sobre Lewis Hamilton. Por outro lado, Sergio Pérez rodou na parte final da volta e caiu para 18º – último entre os que estavam na pista. No fundo do grid, Franco Colapinto também ganhou posições e alcançou o 12º posto.
Verstappen pisa fundo no início
Se o holandês já havia mostrado muita habilidade nas primeiras voltas ao ultrapassar sete carros, o brilho não se resumiu a isso. Ainda na volta 6, Verstappen já estava no oitavo lugar após deixar Fernando Alonso e Pierre Gasly para trás. Na 10, o tricampeão mergulhou de longe na entrada do S do Senna e superou Oscar Piastri, assumindo a sétima posição. Lawson foi a vítima seguinte, na volta 11. Tudo isso sem poder utilizar o DRS.
Chove, chuva…
No começo, a chuva estava leve e os pilotos pareciam tranquilos usando pneus intermediários, mas a água apertou muito ao longo da prova. Após safety car virtual causado por rodada de Hulkenberg, a maioria dos competidores foi para os boxes. A princípio, quase todos eles seguiram com compostos de cor verde. Pérez, Lawson e Tsunoda foram as exceções. Ocon, Verstappen e Gasly optaram por não parar e ficaram nas três primeiras posições momentaneamente.
Nico Hulkenberg foi desclassificado da prova após o safety car virtual. Após deixar a pista, o alemão não conseguiu retornar com o carro para o traçado e teve seu bólido empurrado, o que não é permitido no regulamento. Com isso, recebeu bandeira preta – evento raríssimo na Fórmula 1.
Safety car e bandeira vermelha
Depois da ultrapassagem na largada, George Russell manteve a distância para Lando Norris em torno de 1 segundo. Em alguns momentos durante a primeira metade da prova, o condutor da McLaren deu a impressão de que conseguiria atacar com mais consistência, mas o ritmo nas retas não era o ideal.
No entanto, depois dos dois pilotos irem aos boxes no safety car virtual, a quantidade de água na pista ficou consideravelmente maior. Norris aproveitou e passou Russell com tranquilidade para assumir o quarto lugar – atrás apenas dos três pilotos que não pararam. Logo após a ultrapassagem, o safety car foi acionado devido às condições da pista.
Já com o safety car em ação, Franco Colapinto perdeu o controle do carro após subir a Junção e bateu no muro. A colisão causou bandeira vermelha, que ajudou os pilotos que ainda não haviam parado – entre eles, Verstappen.
Relargada, novo safety car e Max líder
Com a chuva um pouco mais fraca e a pista limpa, os pilotos fizeram uma relargada em movimento – todos saíram com pneus intermediários. Ocon conseguiu manter a liderança contra Verstappen e abriu 1s5 do holandês em menos de uma volta. Mais atrás, Norris tentou atacar Gasly, passou reto e acabou perdendo a quarta posição para Russell.
Ocon manteve a tocada em ritmo muito mais rápido que Verstappen e aumentou a diferença para 3s3 em pouco tempo. Na volta 39, porém, Carlos Sainz bateu sua Ferrari e abandonou a prova. Mais uma vez o safety car foi acionado.
Na volta 43, o safety car foi para os boxes e a corrida trocou de mãos: Verstappen atacou Ocon na relargada e fez a ultrapassagem para assumir a liderança da corrida. A situação ficou ainda pior para Lando Norris, que saiu da pista e caiu para a sétima colocação.
Aos poucos, o holandês começou a virar voltas rápidas em sequência e não deu a menor chance de reação para o francês. Com mais de 15 segundos de folga, o tricampeão viu a bandeirada e ficou perto de sentir o gosto do tetra.
GE Globo