Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (30), a ‘Operação Asfixia’, uma ação da Polícia Civil da Paraíba e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O objetivo é enfraquecer o poder financeiro que o Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, mantém em território paraibano.
Além disso, a investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/PCPB) e conta com o apoio da Unintelpol, do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Grupo de Operações com Cães (GOC) e da Desarme, todos da Polícia Civil da Paraíba.
Segundo as investigações, a Polícia Civil e o GAECO já bloquearam e sequestraram bens pertencentes a integrantes da facção criminosa. Ao todo, os valores ultrapassam R$ 125 milhões, o que demonstra a dimensão financeira da organização.
O principal alvo da operação é Flávio de Lima Monteiro, conhecido como “Fatoka”, apontado como líder da célula do Comando Vermelho na Paraíba. Ainda de acordo com os investigadores no Rio de Janeiro, Fatoka continua emitindo ordens para o cometimento de crimes na Paraíba. Em especial, ele atua na cidade de Cabedelo, onde a célula da facção mantém forte influência.
Além disso, outros integrantes do grupo também se refugiaram em comunidades do Rio de Janeiro. Eles fugiram após diversas operações policiais realizadas pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds). Por esse motivo, a atuação conjunta entre os estados se tornou essencial para o avanço das investigações.
Ao todo, as forças de segurança estão cumprindo 26 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão domiciliar. As ações ocorrem em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em comunidades do Rio de Janeiro. Na Paraíba, cerca de 150 policiais participam da operação. As equipes foram divididas estrategicamente, sendo 27 da Polícia Civil e três do GAECO, o que reforça a integração entre os órgãos de segurança.