Foi a quinta vitória de Norris na Fórmula 1 e a primeira num ano em que começa com cacife de favorito reforçado, tanto pela força evidente demonstrada pela McLaren, quanto pela habilidade para levar a melhor em condições adversas. Quando a chuva voltou, então em pancada impressionante, por volta do 45º de 57 giros, Norris chegou a escapar da pista e desfilar na brita, mas Verstappen fizera o mesmo pouco antes. Oscar Piastri, no mesmo ponto, fez pior e jogou fora uma dobradinha na frente do público de casa. Assim são as corridas. Norris foi duro quando precisou, como na largada, onde precisava responder às muitas derrotas do ano passado. Sem dúvidas, um positivo começo.

Verstappen fez o ‘efeito Verstappen’ de que tanto fala a Red Bull valer. É verdade que a aproximação junto à McLaren foi facilitada pelas várias intervenções do safety-car, mas e daí? Sempre um incomodo tanto a Piastri quanto a Norris, terminou a corrida dentro da zona de DRS, tentando entender se dava para atacar. Não deu, mas o segundo lugar está longe de ser um desastre após a McLaren partir para um tour de força como este.

Lando Norris abre o ano com vitória na F1 (Foto: Mclaren)

O erro de Piastri custou o pódio, abrindo caminho para George Russell. O piloto da Mercedes fez corrida solitária, longe dos primeiros colocados e com ampla vantagem para quem vinha atrás. No fim das contas, o terceiro lugar apareceu como um presente.

Andrea Kimi Antonelli, único estreante que não bateu no fim de semana, teve sua punição revertida pela FIA e terminou em quarto. Alexander Albon colocou a Williams num surpreendente quinto lugar. Lance Stroll e Nico Hülkenberg apareceram na frente de Charles Leclerc, em oitavo. Piastri ficou com o nono lugar, enquanto Lewis Hamilton fechou a zona de pontos na estreia pela Ferrari.

A corrida foi extremamente acidentada. Antes mesmo da largada, na volta de apresentação, Isack Hadjar tocou a linha branca na saída da curva um na hora de acelerar, rodou e bateu. Era fim de corrida para o jovem, que saiu desolado, e 15 minutos de atraso para a largada. Quando a partida finalmente veio, mais acidentes: Jack Doohan e Carlos Sainz, em partes separadas da pista, foram ao muro na primeira volta – Sainz já depois da entrada do safety-car. Os dois em lances parecidos ao de Hadjar, perdendo a traseira dos carros no momento da aceleração. Já na segunda metade da prova, foi a vez de Fernando Alonso perdeu o controle após tocar na brita da curva seis e ir ao muro. Perto do fim, já na última dúzia de voltas, a chuva caiu em mais uma pancada que pegou o pelotão de certa surpresa pela força. Dentro um pouco de tudo que aconteceu, outras duas batidas: uma delas, de Gabriel Bortoleto, que viu a corrida de estreia acabar no muro. A outra, de Liam Lawson.

Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, entre os dias 21 e 23 de março, direto de Xangai, com o GP da China.

GP DA AUSTRÁLIA F1 2025 AO VIVO: TUDO SOBRE A CORRIDA | BRIEFING

Confira como foi o GP da Austrália de 2025

Conforme esperado ao longo de toda a semana, o domingo da abertura da temporada 2025 da Fórmula 1 era chuvoso e de baixa temperatura. Após a chuva cair forte no fim da corrida da F3, que terminou sob bandeira amarela, e virar tempestade fazendo com que a F2 cancelasse a corrida principal, sobrou para a F1. Não era uma chuva torrencial como horas mais cedo, no horário da F2, mas ainda havia chuva e água na pista.

A temperatura, que chegou a 30°C na classificação do sábado, estava na casa dos 16°C. A pista, além de molhada, alcançava apenas 19°C, enquanto em todas as atividades do fim de semana antes disso havia ultrapassado a marca dos 40°C.

O grid contava com duas punições que tiraram pilotos da pista para que largassem no pit-lane. Era o caso de Oliver Bearman, que trocou o câmbio após problemas na classificação, e Liam Lawson, outro que teve dias muito acidentados e teve de mexer no carro em Parque Fechado.

Batida de Isack Hadjar em Melbourne (Vídeo: Reprodução/F1TV)

Com isso, o grid tinha Lando Norris na pole e Oscar Piastri ao lado, fechando uma primeira fila da McLaren. Max Verstappen, George Russell, Yuki Tsunoda, Alexander Albon, Charles Leclerc, Lewis Hamilton, Pierre Gasly e Carlos Sainz completavam o top-10. Isack Hadjar, Fernando Alonso, Lance Stroll, Jack Doohan, Gabriel Bortoleto, Andrea Kimi Antonelli, Nico Hülkenberg e Esteban Ocon completavam a lista dos que largavam na pista. Todos de pneus intermediários.

De qualquer maneira, a F1 seguiu adiante com os horários esperados. Às 15h locais (1h de Brasília, GMT-3), horário da largada, os carros saíram para a volta de formação. E, aí, o primeiro problema. Hadjar contornou a curva um e, na reaceleração e mesmo na baixa velocidade da volta de formação, perdeu a traseir ao tocar a linha branca de saída dos boxes, rodou e foi na mureta. Com a asa quebrada, o vice-campeão da F2 2025 encerrava a participação na corrida de estreia antes mesmo da largada. A largada também foi abortada para 15 minutos mais tarde.

A cena com Hadjar era comovente. O jovem saiu do carro aos prantos e assim voltou, desolado, ao pit-lane. Ainda de capacete, foi consolado por Anthony Hamilton, pai de Lewis, que por ali esperava.

Mas a largada viria na hora definida para a remarcação. Verstappen partiu para o ataque às McLaren e ficou lado a lado com Norris, que se defendeu com a moral de um verdadeiro pole desta vez e escapou, mas Piastri ficou para trás e perdeu o segundo posto.

Batida de Jack Doohan em Melbourne (Vídeo: Reprodução/F1 TV)

No meio do pelotão, porém, outro acidente. Doohan, outro novato, fez algo muito parecido a Hadjar. Na aceleração, perdeu a traseira e destruiu a asa de trás no muro. Safety-car chamado, mas, mesmo assim, outra batida. E agora de um experiente: Sainz. Parecida a dos jovens, batida de Sainz veio após uma reaceleração. Pista era bastante escorregadia.

A classificação da corrida naquele ponto de safety-car na pista tinha Norris, Verstappen, Piastri, Russell, Leclerc, Tsunoda, Albon, Hamilton, Gasly e Alonso no top-10, seguidos por Stroll, Hülkenberg, Antonelli, Bortoleto, Ocon, Lawson e Bearman. Apenas 17 ainda estavam na corrida. Os dois últimos, que largaram do pit-lane, já optavam por aproveitar as voltas sob safety-car para colocar novos pneus intermediários.

A relargada veio na oitava volta, com Norris novamente agindo com senso de urgência e segurando a dianteira na frente de Verstappen. Alonso era colocado sob investigação por uma possível infração durante o safety-car junto a Tsunoda. Em má notícia na Sauber, Bortoleto relatava algumas dificuldades com os freios do carro nas voltas iniciais. Era algo a observar.

Norris superava o 1s de frente na volta 11, enquanto Verstappen se segurava sem sofrer ataques de Piastri. Russell já aparecia distante dos três primeiros, ao passo que Leclerc passara Tsunoda na largada original para ocupar o quinto posto. O curioso foi que o momento do ataque de Charles acabou fazendo Hamilton, imediatamente atrás dele, a segurar um tanto para evitar problemas, algo que permitiu a Albon tomar o sétimo lugar.

Carlos Sainz escapa e bate no GP da Austrália (Vídeo: reprodução/F1 TV)

Apenas na 13ª das 57 voltas é que a direção da prova permitiu o uso da asa móvel (DRS). A partir deste momento, a distância de 1s passava a ser chave para atacar ou ser atacado.

Os dois pilotos da Ferrari reclamava de seus respectivos engenheiros no rádio. Tanto Leclerc quanto Hamilton pediam que fossem deixados mais livres, com menos informação soprados no ouvido. Algo curioso. O substituto de Lewis na Mercedes, Antonelli, começavam a efetuar ultrapassagens na briga por recuperação e mergulhava para tomar o 12º posto de Hülkenberg.

A diferença entre os três primeiros colocados continuava mínima e, na abertura da 16ª volta, os três apareciam separados por 17s. Verstappen estava 0s9 atrás de Norris e 0s7 na frente de Piastri, tudo aberto para o uso do DRS. Mas Lando resolveu apertar o passo um tanto e virou a melhor volta da prova, abrindo um pouco para os dois. Piastri mirava o momento de atacar o tetracampeão para recuperar o segundo posto.

E veio uma volta depois. Piastri apertou e Verstappen errou na curva 11 e passou direto para fora da pista, abrindo o caminho para Oscar retomar o segundo posto. Max avisou que os pneus estavam no limite, mas a Red Bull pediu um pouco de calma porque o clima melhoraria em mais ou menos dez minutos.

(Vídeo: Reprodução/Sky Sports/F1TV)

Antonelli, que acabara de passar Hülkenberg, rodou sozinho no mesmo ponto que o companheiro Russell havia feito no TL2 da sexta-feira. Mas evitou acidente e seguiu em frente. Perdeu a posição que tinha ganho, é verdade, mas na volta seguinte fez um mergulho praticamente igual na mesma curva 11 e passou de novo.

Albon e Hamilton também foram colocados sob investigação por infrações durante o safety-car, mas saíram ilesos. A mesma coisa com Tsunoda e Alonso. Ninguém foi punido, no fim das contas.

Enquanto a corrida chegava à marca de 25 voltas, a chuva continuava, ainda que sem força para criar caos na corrida. Era o suficiente para segurar os pneus intermediários nos carros, contudo. Hamilton se aproximava de Albon, mas tinha uma preocupação. “Perdia a sincronia das marchas”, avisou à Ferrari. Mas, ao menos inicialmente, continuava perseguindo Albon, o que dava a entender que o problema não era assim tão grave.

A conversa mais estelar do dia veio de Leclerc. Preocupado, acionou o rádio para importante pergunta à equipe. “Temos um vazamento?”, questionou. “Vazamento de quê?”, respondeu o engenheiro. “Meu assento está cheio d’água”, explicou o piloto. Frente ao preocupado apontamento de sua estrela de que a chuva rendeu água molhada no carro, o engenheiro finalizou. “Deve ser a água”. Espetacular.

Charles Leclerc teve diálogo inacreditável com engenheiro no GP da Austrália (Vídeo: reprodução/DAZN/F1 TV)

Antonelli deixou Stroll para trás na buscar por posições e já se aproximava de Alonso para brigar pelo décimo posto e entrar na zona de pontos. O outro piloto da Mercedes, Russell, continua a fazer corrida solitária no quarto posto, longe de Verstappen e de Leclerc. Distante do restante do mundo, Lawson ultrapassava Ocon para colocar as duas Haas nas últimas posições.

O domínio da McLaren era impressionante. Na volta 30, Piastri já tinha 15s de frente para Verstappen e chegava perto de Norris. Na volta seguinte, quando estava dentro da zona de DRS, a McLaren pediu que segurasse posições até superar o retardatário que tinha pela frente, que era Ocon. Piastri não gostou muito e fez questão de dizer que estava mais rápido. Mas instantes depois passou aberto demais na curva e tocou a brita. Nada grave, mas afasto os dois em cerca de 2s5. Após passarem por Ocon, na volta 32, a equipe avisou que podiam lutar normalmente pela vitória.

Só que o safety-car estava à espreita para voltar. Alonso foi o causador da vez, na volta 34, quando tocou a brita além da zebra na curva seis, perdeu o carro, rodou e foi no muro. Fim de corrida para o bicampeão, quarto a se acidentar no dia, e intervenção do carro de segurança. Era hora de correr aos boxes para colocar novos pneus – slicks, para pista seca.

Quem tinha completado a volta não conseguiu aproveitar de imediato, e os primeiros que entraram foram Tsunoda, Albon, Hamilton, Gasly e Antonelli. Mas quase todos entraram, os primeiros colocados na volta seguinte.

Alonso acerta muro em Melbourne e abandona prova (Vídeo: Reprodução/F1 TV)

Norris e Piastri optaram por pneus duros, bem como Russell, Leclerc, Hamilton, Gasly, Antonelli e Stroll. Por outro lado, Verstappen, Tsunoda, Albon, Hülkenberg, Bortoleto e Lawson foram e médios. Os únicos que permaneceram foram os dois pilotos da Haas, que seguiam de intermediários esperando um milagre. Havia a expectativa de mais chuva em breve, mas mesmo assim restava ver o quanto de chuva.

Para retirar o carro de Alonso, após demora inicial, a direção de prova mandou um caminho enorme para a estreita área da pista onde estava o bólido. Isso com os carros passando ao lado, ainda que em velocidade mais baixa, num dia de pista ainda úmida. Certamente algo para fazer coçar a cabeça no que diz respeito à segurança.

Antes da relargada, Ocon parou para colocar médios e ficou no meio do top-10 como retardatário. De qualquer forma, veio a retomada na volta 42 e com expectativa de retorno da chuva em algumas voltas. A corrida, porém, aproximava da parte final.

Bortoleto foi posto sob investigação por liberação insegura nos boxes da Sauber para cima de Lawson. Os dois continuavam nas posições 13 e 14. Logo viria punição de 5s para o brasileiro.

Norris e Piastri saíram da pista na volta da chuva (Vídeo: Reprodução/F1TV)

Norris sustentou a frente sem grande ameaça de Piastri e, na segunda volta após a bandeira verde, o DRS foi permitido. Lando se apressava para marcar a volta mais rápida da corrida, com 1min23s797.

Conforme o vento aumentava indicando a chegada da chuva, um trem de quatro carros se formava entre Leclerc, Tsunoda, Albon e Hamilton. E a ultrapassagem que veio foi de Tsunoda para cima de Leclerc, mas o monegasco retomou pouco depois.

Quando tudo parecia absolutamente controlado para a McLaren, a chuva despencou com tudo. Sendo no terceiro setor, pegou os líderes primeiro. Tanto Norris quanto Piastri escaparam na mesma curva e passearam na brita, com Norris voltando logo para o traçado e Piastri parado por algum tempo até retomar, para delírio do público. Os dois se apressaram para os boxes.

Numa pista absolutamente escorregadia, todo mundo levava na pontinha dos dedos e Hamilton conseguiu superar os rivais do trenzinho à frente, até Leclerc, para assumir o segundo lugar, atrás de Verstappen. Mas o tricampeão, apesar da liderança recém-encontrada, estava visivelmente com dificuldades de segurar o carro. Aí, veio o inevitável: as paradas. Verstappen entrou na segunda volta possível, com apenas a Ferrari decidindo permanecer um pouco mais. Só que era praticamente impossível.

Acidente de Bortoleto no GP da Austrália (Vídeo: reprodução/F1 TV)

E, então, mais dois acidentes. Bortoleto perdeu o controle no setor derradeiro e bateu, perdendo a asa por completo, enquanto Lawson rodou entre as curvas dois e três, quase acertou Hülkenberg e também bateu. Novo safety-car e, como estava claro que aconteceria, pit-stops para a Ferrari. Todos na pista tinham pneus intermediários.

Somente 14 partiriam para as voltas finais. Norris recuperava a liderança, com Verstappen em segundo. Russell, Albon, Antonelli, Stroll, Hülkenberg, Gasly, Hamilton e Leclerc completavam o top-10. Tsunoda, Ocon, Piastri e Bearman fechavam a lista. Cruel para o piloto da casa após tanto tempo parado na beira da pista. Dos novatos, somente Antonelli e Bearman seguiam em frente.

A relargada veio na volta 51, para seis giros derradeiros. Norris saiu bem, mas com Verstappen perto. E se Hamilton estava na frente, Leclerc não quis muita conversa, mesmo que numa briga pelo nono posto. Com direito até a resvalada, passou o heptacampeão. Piastri tentava recuperar alguma coisa para a McLaren e rapidamente deixava Ocon e Tsunoda para trás, mas o décimo lugar viria após erro de Gasly, que abriu caminho para as Ferrari e para Oscar.

A três voltas do fim, direção de prova definiu retorno do DRS. Quem se manifestou imediatamente foi Antonelli, que se aproximava de Albon, mas o ímpeto foi diminuído em instantes. Afinal, foi punido em 5s por liberação insegura nos boxes. Atacar Albon naquelas condições passou a não fazer muito sentido, uma vez que não seria possível abrir 5s. O objetivo de abrir os 5s para quem vinha atrás seria facilmente alcançado.

Liam Lawson foi o último acidentado do GP da Austrália (Vídeo: Reprodução/F1TV)

A questão estava mesmo lá na frente, com Verstappen a menos de 1s de Norris e podendo abrir a asa. Ensaiou um ataque ao aproximar muito e, ao começar a volta final, crescia a expectativa do ataque. Max buscou um espaço onde seria possível, mas não achou. Norris, em meio a avisos da McLaren de que exagerar era desnecessário e o carro era bom, levou sem sobressaltos ao fim e recebeu a quadriculada. A primeira vitória do ano é da McLaren.

Verstappen e Russell completaram o pódio, com Antonelli, Albon, Stroll, Hülkenberg, Leclerc, Piastri e Hamilton em seguida. Na volta final, Piastri efetuou linda ultrapassagem para cima do quarentão.

O GP da Austrália chegou ao fim com um ponto de exclamação: a McLaren é forte.

Fórmula 1 2025, GP da Austrália, Melbourne, resultado final:

POS Piloto Equipe Diff
1 L NORRIS McLaren Mercedes 57 voltas
2 M VERSTAPPEN Red Bull RBPT Honda + 0.895
3 G RUSSELL Mercedes + 8.481
4 A K ANTONELLI Mercedes + 10.135
5 A ALBON Williams Mercedes + 12.773
6 L STROLL Aston Martin Mercedes + 17.413
7 N HÜLKENBERG Sauber Ferrari + 18.423
8 C LECLERC Ferrari + 19.826
9 O PIASTRI McLaren Mercedes + 20.448
10 L HAMILTON Ferrari + 22.473
11 P GASLY Alpine + 26.502
12 Y TSUNODA Racing Bulls RBPT Honda + 29.884
13 E OCON Haas Ferrari + 33.161
14 O BEARMAN Haas Ferrari + 40.351
15 L LAWSON Red Bull RBPT Honda NC
16 G BORTOLETO Sauber Ferrari NC
17 F ALONSO Aston Martin Mercedes NC
18 C SAINZ Williams Mercedes NC
19 J DOOHAN Alpine NC
20 I HADJAR Racing Bulls RBPT Honda NC
Grande Prêmio