Paraíba

Morte de adolescente em Campina Grande pode ampliar número de óbitos por meningite na PB

Morte de adolescente em Campina Grande pode ampliar número de óbitos por meningite na PB


A morte no Hospital de Trauma de Campina Grande de uma adolescente de 12 anos neste final de semana pode ampliar o número de vítimas da meningite na Paraíba.

Segundo os números da Secretaria de Saúde, até agora, são duas mortes em 2024, num universo dos 48 casos notificados e 18 confirmados. Caso confirmado, este será o terceiro óbito registrado por esta doença somente este ano no estado.

A direção do Trauma divulgou uma nota explicando que a morte da adolescente ainda está sob investigação. Veja a nota:

A paciente de iniciais M.H.A.L, de 12 anos de idade, veio a óbito na noite desta sexta-feira (10 de maio), no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. De acordo com a Vigilância em Saúde, para confirmar a causa da morte foi feita a coleta do exame que será analisado pelo Lacen-PB.

A adolescente chegou à unidade em Campina Grande transferida do Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, onde estava internada desde o último dia 03 de maio. Ela chegou ao hospital intubada, com hemodinâmica estável e sem dessaturação. Porém, o exame físico realizado na admissão da unidade indicou um quadro neurológico crítico, com RASS-5, escala de Glasgow 3 (Sem resposta a estímulos), pupilas midriáticas (pupilas dilatas) e não reativas à luz, levantando a hipótese de morte encefálica desde a admissão. A gravidade do quadro foi informada à família.

O primeiro atendimento hospitalar da adolescente havia sido registrado no Hospital Regional de Sousa, onde a paciente já apresentava um conjunto de sintomas que sugeriam meningite incluindo febre, cefaleia intensa, dor na nuca e náuseas. No hospital de origem, a paciente evoluiu para um estado de consciência diminuído. Na ocasião, foi realizada a coleta de liquor e iniciada a antibioticoterapia, para combater o quadro infeccioso.

Apesar da suspeita clínica, a paciente continuou recebendo todos os cuidados intensivos necessários, incluindo medicações, suporte ventilatório e fisioterapia, porém o quadro neurológico seguiu avançado, compatível com estado irreversível. A adolescente M.H.A.L. foi transferida para Campina Grande, onde foi aberto protocolo de morte encefálica, que confirmou o quadro irreversível, e foi constatado o óbito.

A Secretaria de Estado da Saúde lamenta o óbito e se solidariza com a família neste momento de dor.

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