Economia

Encontro nacional discute compliance no Sistema Indústria

Encontro nacional discute compliance no Sistema Indústria

A integridade é fundamental no ambiente corporativo. A conformidade com regras e normativos internos e externos, aliado à transparência e ao compromisso com elevados padrões éticos, não apenas reflete os valores da organização, como também promove um ambiente de trabalho saudável, produtivo e confiável.

Para promover e disseminar cada vez mais a cultura de integridade e transparência e fortalecer as práticas de compliance, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e os Conselhos Nacionais do SESI e do SENAI realizam nesta terça e quarta-feira (8 e 9), em Brasília, o Encontro Nacional de Compliance. O evento é uma oportunidade para compartilhar experiências e boas práticas com o intuito de promover o desenvolvimento profissional e a disseminação da cultura de compliance e integridade.

Em mensagem especialmente gravada para a ocasião, o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que o encontro é uma oportunidade única para aprender, trocar ideias e experiências e evoluir cada vez mais em direção à construção de uma sociedade baseada na ética e na integridade.


“Com a participação efetiva de todos, podemos construir um futuro melhor com base na competitividade e buscando ética e integridade acima de tudo”, disse Alban. 


Participaram da abertura o presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, o Secretário de Integridade Privada da Controladoria Geral da União (CGU), Marcelo Pontes Vianna, o diretor Corporativo da CNI, Cid Carvalho Vianna, e a superintendente de Compliance e Integridade da CNI, Danusa Costa Lima e Silva de Amorim.

Equilíbrio e razoabilidade

Fausto Augusto Junior destacou que compliance e integridade existem para melhorar os processos, garantir transparência e controle e para assegurar a efetivação da atividade fim das entidades e instituições, e defendeu os princípios do equilíbrio e da razoabilidade.


“Quando a gente olha esse debate da integridade e do compliance, a gente não pode esquecer a razão de ser das nossas organizações: buscar a sua sustentabilidade a partir do princípio da razoabilidade é o que nos permite integrar os princípios da administração pública aos princípios da administração privada, e que de alguma forma dá sentido a tudo o que a gente faz. A gente precisa, ao mesmo tempo, normatizar, disciplinar, controlar, mas também induzir, lembrar as nossas instituições da razão pela qual elas existem, e neste processo buscar o equilíbrio” destacou.


Para o secretário da CGU, Marcelo Pontes Vianna, a implantação de programas de compliance e integridade no setor privado contribui para o desenvolvimento econômico e a competitividade do país.

“Nós esperamos e acreditamos que essa agenda de integridade possa, de verdade, trazer uma sociedade melhor, mais justa, mas também uma sociedade mais pujante na perspectiva econômica. A gente precisa demonstrar que as empresas que estão comprometidas com integridade e com bons programas de compliance, elas não fazem só o certo porque é o caminho certo a ser feito, mas elas fazem isso porque é uma decisão do ponto de vista gerencial, mercadológico e de eficiência”, destacou, enfatizando que as empresas que se sustentam com mais longevidade no mercado são aquelas comprometidas e que estão em conformidade com as regras.

O diretor corporativo da CNI, Cid Carvalho, destacou que a direção da instituição não tem envidado esforços para desenvolver um bom trabalho em compliance e integridade, não apenas no âmbito da sede, mas em todos os estados, por meio dos departamentos regionais das instituições que integram o Sistema Indústria.


“Estamos trabalhando questões como a diversidade, a equidade e a inclusão, o relacionamento com fornecedores e a revisão de normativos. Também estamos atentos à transformação digital, é um tema que está na pauta da CNI, assim como gestão de riscos corporativos”, pontuou o diretor.

Painéis e mesas redondas debatem diferentes aspectos do compliance

Após a abertura, a programação do encontro prosseguiu com diversos painéis e mesas redondas. A superintendente de Compliance e Integridade da CNI, Danusa Costa Lima e Silva de Amorim, abriu as discussões abordando o aspecto estratégico do compliance, e dando exemplos de práticas que são desenvolvidas pela CNI.

Os debates seguem à tarde com palestra do advogado Inácio Alencastro, que fala sobre a visão de Due Diligence de integridade, seguida de mesa redonda com Gabriella Rebouças, representando a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), e Gabriel Nogueira, do SEBRAE Nacional. A gerente de Integridade e Compliance da ApexBrasil, Daisy Barretta, fala sobre o tema diversidade e inclusão. Na sequência, Andressa de Oliveira, representando a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), discute compliance na educação. Para finalizar a programação do dia, Marcelo de Andrade, representando a Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul (FIEMS), aborda o compliance como ferramenta de apoio à Gestão.

A programação da quarta-feira (9) inicia com o diretor de Compliance da BRF e coordenador da Força Tarefa de Compliance e Integridade no B20 Brasil, Reynaldo Goto, discutirá tendências globalizadas de compliance na iniciativa privada. Em seguida, Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, falará sobre ESG (Ambiental, Social e Governança Corporativa). Patrícia Rosa, representando a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), falará sobre ética e responsabilidade social em cenários catastróficos.

Ainda pela manhã, serão abordados os temas gestão de riscos, com Fernanda Figueiroa, gerente-executiva do Banco do Brasil, e André Luiz Gusi Rosa, representando a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEPA).À tarde, Antônio Martiningo, coordenador do Comitê de Auditoria na BB Seguridade e na Petros e membro do Conselho Fiscal da Natura, vai apresentar a visão da alta administração sobre compliance. Em seguida, mesa redonda sobre LGPD, com as participantes Lívia Sales, representando a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEAC), Tânia Rubia, representando a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEAL) e Fabíola Pasini, gerente de consultoria da Diretoria Jurídica da CNI.

Finalizando o dia, Viviane Dias, representando a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES), abordará o monitoramento do Programa de Compliance, e Arthur Fagundes, da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), falará sobre a Jornada Compliance.

Participam do encontro integrantes da Rede Nacional Colaborativa de Compliance, com Departamentos Regionais, Conselhos Nacionais do SESI e do SENAI, diretores, gestores e corpo técnico da CNI, do SESI, do SENAI e do IEL.

FIEPB