O futuro da educação e a qualificação profissional em meio à IA já havia sido amplamente debatido no B20 Brasil e, agora, deve integrar as discussões do setor privado do BRICS em 2025 – fórum empresarial também sob responsabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nesta terça (11), a CNI e o Conselho Nacional do SESI realizaram um encontro para debater os caminhos da educação básica e da formação para o trabalho em um cenário marcado pela transformação digital, a automação acelerada e o uso crescente de inteligência artificial nos diferentes setores da economia.
O evento “Experiências internacionais do B20 Brasil: uma agenda para a educação básica e requalificação profissional” reuniu representantes do setor público e privado na sede da CNI, em Brasília.
“No B20 o conceito de legado foi inovado para que haja soluções e continuidade. O encontro de hoje é um dos frutos do trabalho excelente do B20 Brasil, que esperamos fazer agora com o CEBRICS. Temos uma população que vai precisar de apoio de formação, cultura, preparo para essa nova realidade”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, durante a abertura do evento.
Para o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI e diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), Rafael Lucchesi, o legado do B20 é extremamente rico em um mundo de constantes mudanças. “Cabe a essa geração pensar em uma nova agenda que envolva inclusão, sustentabilidade, resgatando a agenda da cidadania que foi mal implementada no século XX. Nesse contexto, o SESI e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) têm papel importante para pensar em como estabelecer esse diálogo, respeitando as vozes, em um pacto social, visando a um futuro mais próspero e inclusivo”, afirmou Lucchesi.
Transição de temas prioritários do B20 para o CEBRICS
O presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, reforçou que o encontro desta terça é uma transição para levar as discussões prioritárias de educação aos grupos de trabalho, agora, do CEBRICS, e enfatizou a importância de debater o assunto em fóruns mundiais.
“Tratar do tema educação é poder compreender que o mundo muda e que as formas como construimos o processo democrático carece de importantes reflexões”, disse Fausto Augusto Junior.
Segundo a sherpa do CEBRICS e gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri, “a participação ativa do setor industrial brasileiro em fóruns internacionais, como o B20 e o CEBRICS, é fundamental para a construção de uma agenda robusta voltada à educação e à requalificação profissional. Esses mecanismos têm se mostrado extremamente relevantes não apenas para a troca de boas práticas, mas também para a formulação de recomendações que contribuam para o aprimoramento de políticas públicas e estratégias empresariais”, afirma.
O encontro contou com dois painéis de debate. O primeiro: “Repensando a escola do século 21: desafios de atualização curricular e letramento digital para estudantes e professores”, que discutiu a necessidade de reformulação não apenas da grade curricular, mas da própria cultura educacional para estimular e desenvolver habilidades digitais necessárias a alunos e educadores.
O segundo abordou o tema “Explorando o futuro do trabalho: como preparar a força de trabalho para o impacto da inteligência artificial e da transformação verde”, que tratou da temática sob o ponto de vista de convergência às prioridades macroeconômicas do país e explorou mecanismos para aumentar a adaptabilidade e a resiliência dos profissionais em um novo modelo de economia.
Setores público e privado participam do debate
Participaram do encontro na CNI educadores, empresários, gestores públicos e outros especialistas no assunto, como o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Cesar Callegari; a presidente da Microsoft Brasil, Priscyla Laham; o diretor da Cisco Network Academy no Brasil, Gabriel Barros; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Bregagnoli; e o secretário de Trabalho, Emprego e Renda do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Magno Lavigne.
Pelo Sistema Indústria estiveram presentes também o diretor-geral do SENAI, Gustavo Leal; o superintendente de Educação do SESI, Wisley Pereira; e o superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Felipe Morgado.
O link com a gravação da íntegra das discussões está disponível no canal da CNI no Youtube.
E as fotos do evento estão no Flickr da CNI.
FIEPB
