No dia seguinte à indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, os ativos locais viveram um pregão de estresse acentuado, com alta firme do dólar, dos juros futuros e queda do Ibovespa.
Os dados mais fortes da economia americana e o aumento do risco fiscal no Brasil, em meio às discussões sobre o aumento do vale gás nas vésperas da entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso, se somaram a fatores de natureza técnica, como o rebalanceamento do índice de ações brasileiras do MSCI – fato que deve gerar um fluxo relevante de saída de dólares do país. O cenário levou a autoridade monetária a anunciar, após o fechamento, um leilão extraordinário de até US$ 1,5 bilhão no mercado à vista hoje.
O dólar encerrou o pregão em alta de 1,20%, aos R$ 5,6231, após ter tocado os R$ 5,6620 na máxima do dia. A força da divisa americana foi disseminada ao redor do mundo, após o PIB americano ter superado as estimativas de consenso, com crescimento de 3% em base anualizada no segundo trimestre, contra 2,8% da leitura preliminar.