Economia

CNI lança livro sobre 35 anos de atuação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)

CNI lança livro sobre 35 anos de atuação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)


Até 1988, confederações sindi­cais e entidades de classe de âmbito nacional não podiam propor ações diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa possibilidade era exclusiva do Procurador-Geral da República. Com a promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro daquele ano, essas entidades, entre as quais a Confederação Nacional da Indústria (CNI), passaram a exercer essa representação.

Desde então, a CNI ajuizou junto ao STF 115 ações. Somadas aos demais casos em que a entidade atuou, são 266 processos ao longo de 35 anos, com resultado positivo para o setor industrial em 65% das vezes.

A trajetória da representação da CNI junto ao colegiado, defendendo os interesses do setor industrial para a promoção de um ambiente favorável à segurança jurídica e à estabilidade econômica, estão detalhadas no livro A Indústria no Supremo – 35 anos de atuação da CNI no STF. A publicação foi lançada nesta quarta-feira (27), em Brasília, durante o Encontro Nacional da Indústria (ENAI).


“Acionar o Tribunal representando uma categoria é um dever a ser exercido com cautela. Uma vez que se decide ir ao Supremo, a prudência deve ser acompanhada da firmeza de propósitos na defesa de regras que possam transformar o Brasil em um país com um ambiente de negócios saudável e uma economia pujante. É isso o que faz a CNI, desde 1988, sempre que aciona o STF”, destaca o presidente da CNI, Ricardo Alban, na apresentação do livro.


A obra revisita a primeira Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pro­posta pela Confederação, a nona na história recente do STF, conta a for­mação do departamento jurídico da CNI e como são tomadas as decisões que culminam na propositura das ações. Mostra também o nasci­mento da Agenda Jurídica da Indús­tria, publicada anualmente desde 2016 para assegurar mais transpa­rência na relação da indústria com o Supremo e informar a base sobre o monitoramento dos casos judiciais.

No livro também é contada a história sobre como, nos anos que antece­deram a nova Constituição, houve discussões no Supremo em torno da necessidade de se abrir os de­bates constitucionais para a parti­cipação da sociedade organizada. O leitor encontrará ainda informações sobre o desenvolvimento da indústria no Brasil, a participação da CNI na cons­trução da nova Constituição e, a partir daí, a atuação da entidade em defesa de princípios como livre ini­ciativa e valorização do trabalho.

“A partir do texto, percebemos como a CNI mantém uma posição coerente em suas demandas, tentando moldar algo que se assemelhe a uma Constituição da Indústria. E essa Constituição é feita de um esforço constante para criar um ambiente econômico saudável, contribuindo para o desenvolvi­mento do país ao equilibrar interes­ses industriais e desenvolvimento tecnológico e econômico com as necessidades dos trabalhadores e a sustentabilidade”, destaca o diretor Jurídico da CNI, Alexandre Vitorino.

FIEPB